quinta-feira, dezembro 18, 2014

Rêlôgio.

xxx

Depois daquele dia de fantasias, Alice me fez mais sentido.
Olhos vendados, puros sentidos.
Apuros e sentidos.
Quando nada vi além do preto, disse a mim mesma:
Sinta-se o breu e desfrute-se junto a ela.
Aquela janela, aquela janela.
No poste da rua, fios a guiar destinos.
E eu... despindo vestidos, despindo vestidos.
Estampa indiana azul marinha, pano jogado, na mente rasgado.
Tirou-me ele, molhou-me o elogio.
Do rêlôgio... do rêlôgio.
Percebendo que o tempo passava arrastando e voando, quis te olhar.
Mas meu silêncio te fez perguntar.
Eu disse que era saudade, que era vontade.
Queremos conversar e amar.

 xxx

sábado, dezembro 06, 2014

Camaleoa



xxx

Ela que dia é morena, ela que dia é galega, 
depende da música, do contexto e do meu texto.

Ela que ri e que chora e que muda de roupa.
Ela ri, ela chora, ela sempre me poupa.

Ela cuida, ela briga e me enche a barriga.
Ela vê a novela e me compara à donzela.

Tem cara, tem rosto, tem face e tem pele,
 só não tem o mal tempo, pois o mal se repele.

Ela é linda e pra isso não tem contradição.
A Camaleoa tem a beleza no corpo o no coração.

Numa cama, uma leoa.
Na cama, uma leoa.

A Camaleoa.


xxx