Discriminação,
segregação...
É
a vida passando,
e
quem dera se com ela passasse também
a
alienação.
Ideias
tortas, uma punhalada no coração
de
quem é livre e tem a coragem de ser quem é.
Pode
até cair,
mas
amanhã vai tá de pé.
Falou
em preconceito, avistei um sujeito
que
procura “defeito”...
É
a vida correndo sem respeito.
Tentativa
de prescrição, predeterminação... Chega disso, irmão.
E
racismo? Pra você é vitimismo? Fala sério, cê perdeu o juízo?
Os
mano e as mina da favela não concordam com isso.
Nem
com o teu pensamento meritocrata,
só
quem sabe é quem tem que fazer os corre pra conseguir as prata.
Pra
comprar o feijão,
o
leite do irmão.
Mas
cê não sabe...
Porque
a tua compra do mês a tua mãe já pagou com o talão.
É
sociedade,
tá
difícil resistir.
Mas
vamo seguindo na luta
porque
a gente sabe pra onde quer ir.
E
teu queixo vai cair, quando o negro do gueto ingressar
na
Universidade e se formar.
Tua
língua cê vai ter que morder, quando as mulheres cês veram
crescer, e não retroceder.
Quando
os homossexuais cês verem adotar, e perceber que qualquer um pode
amar.
Sem
amarras, sem repressão.
Sem
teu olhar de julgamento causando opressão.
A
raiz do meu Brasil foi acorrentada,
e
em 60 torturada.
Mas
hoje, apesar dos pesares... Posso estar aqui,
me
expressando, formando pares.
E
você? Vai só olhar? Ou também vai escolher não se calar?